A Galeria da Gávea comunica o início do processo de cumprimento da premiação do I Prêmio Gávea de Fotografia.

Prêmio de Publicação de Fotolivro

A Galeria da Gávea anuncia que o ensaio vencedor no Programa de Publicação de Fotolivro, intitulado “05007-002 05005-060”, está formatado em projeto gráfico e segue no próximo mês para impressão.

A série propõe um pacto entre espaços próximos, porém, paradoxalmente distantes: um condomínio de luxo recém-construído e uma tradicional vila que separados por um muro, dialogam entre si. O ensaio fotográfico em questão busca dialogar, confundir e conciliar os ambientes e seus habitantes. Aproximadamente com sessenta imagens quadradas em preto e branco, acompanhadas de palavras-chave concernentes.

O projeto desenvolvido e diagramado pelo Bloco Gráfico, destaca-se como o primeiro fotolivro de Bakker. O processo de construção do fotolivro tem a colaboração entre a Galeria da Gávea e a Editora Madalena, que exibirá o fotolivro em feiras e festivais de fotografia no Brasil e no exterior.

Prêmio de Imersão em Alagoas 

O fotógrafo Shinji Nagabe, vencedor do Programa de Imersão seguiu em 26 de março para a Aldeia Beijupirá em Porto das Pedras, Alagoas. 

A obra de Nagabe discute ritos e rituais, como os do candomblé e do carnaval. Desde 2015, Shinji promove um duelo entre o físico e o simbólico, como em “Transição (Série de 4 Etapas)” ao transmutar habitantes do sertão da Bahia, de Pernambuco e de Sergipe em seres esotéricos e enigmáticos.

Na imersão, acompanhado pelo curador Marcelo Campos, diretor da Casa França-Brasil e professor de História da Arte no Instituto de Artes Visuais da UERJ, o fotógrafo desenvolverá um processo de pesquisa, como num mergulho profundo na cultura local.

Marcelo e Shinji encontraram-se em Maceió neste domingo. De Maceió seguem para a Aldeia Beijupirá em Porto das Pedras, onde iniciam a jornada de 10 dias, entre 5 cidades e 750km pelo estado. 

 A Aldeia Beijupirá apóia a iniciativa inédita da Galeria da Gávea recebendo Campos e Nagabe na região. Adriana Didier, empresária e proprietária da Rede Beijupirá, discorre sobre a expectativas em recebê-los em Porto das Pedras:

Galeria da Gávea: Adriana, como surgiu o projeto entre a Galeria da Gávea e a Aldeira Beijupirá?

Adriana Didier: A parceria entre a Galeria da Gávea e a Aldeira Beijupirá surgiu com a admiração pelo trabalho da Ana Stewart, da Isabel Amado e da Galeria em si, pela dedicação delas e o valor que elas atribuem à fotografia como arte e registro do nosso patrimônio. 

GG: O que você espera da investigação de Shinji Nagabe e Marcelo Campos neste período? Qual a sua expectativa para a produção em Porto das Pedras e em Alagoas, em geral?

AD: Acho muito importante para região onde estamos localizados - Porto das Pedras em Alagoas - fazer parte dessa imersão, pois são praias de uma beleza ainda selvagem e natural, além de povoados com riqueza histórica e acredito que ao fazer parte de um projeto como esse, será dada a devida importância da preservação desses locais, que guardam ainda uma pureza na natureza tanto geográfica quanto humana.  

GG: Como surgiu o seu interesse pela fotografia e pela arte contemporânea?

AD: A fotografia contemporânea é o imaginário do fotógrafo, que traduz para a sua foto uma experiência que provoca e convida o observador a participar da sua criação através da imagem. 

Após Porto das Pedras, o curador e o fotógrafo seguem para Porto Calvo por um dia e para União dos Palmares por mais dois dias. De Palmares em diante, Shinji e Marcelo seguem para Marechal Deodoro. Nesse momento, Marcelo volta ao Rio de Janeiro e Shinji embarca, então, para a Ilha do Ferro em Pão de Açúcar, onde encontra o fotógrafo Celso Brandão, artista alagoano representado pela Galeria da Gávea com vasto conhecimento da região.